Educação em Sexualidade -TEA
A expressão da Sexualidade das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
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Com frequência pais, cuidadores e profissionais parecem esquecer-se de que crianças, adolescentes e adultos com TEA têm um corpo sexuado. Muitos problemas adaptativos não decorrem do transtorno em si, mas das condições ambientais insatisfatórias, as quais são sustentadas pelos mitos e crenças do senso comum sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. Estas concepções dificultam a promoção de uma educação em sexualidade que incentive a autonomia das pessoas com TEA. Este trabalho tem o intuito de acolher as angústias das pessoas que vivenciam esta realidade, bem como ampliar a consciência dos profissionais da saúde e da educação sobre esta temática tão necessária.
A metodologia compreendeu acolhimento realizado às famílias de pessoas autistas da ONG Laço Azul de Autismo em Uberaba-MG através de rodas de conversa, em seguida atendimentos individualizados de pais e/ou responsáveis para acolher principais angústias e orientar no manejo e posteriormente realizados 12 encontros psicoeducativos abordando temas sobre a sexualidade com adolescentes autistas.
Ao longo desde trabalho foi perceptível que as pessoas com TEA têm necessidades sexuais assim como as sem o transtorno. Foi notório que o desenvolvimento sexual acompanha mais o desenvolvimento cronológico do que o cognitivo e mental. O que de fato difere a expressão da sexualidade da pessoa com TEA são os déficits em habilidades sociais e as fragilidades nas funções executivas e teoria da mente, que contribuem significativamente para a baixa compreensão dos padrões sociais. E estes aspectos sociais são geradores de angústias nas famílias, principalmente quando se trata das expressões de sexualidade.
Como conclusões é importante destacar que são escassos os estudos e a atenção para a Sexualidade da Pessoa com TEA, bem como para seus responsáveis e profissionais envolvidos em seus cuidados. O trabalho de Educação em Sexualidade, com manejo e informações adequadas, atrelado as terapias de estimulação das funções executivas e habilidades sociais é via importante para possibilitar condutas emancipatórias as pessoas com TEA, bem como o acolhimento necessário as famílias e profissionais que acompanham estas pessoas.





